sexta-feira, 21 de março de 2008

Piercing só com autorização do governo


Não deixa de ser curioso, com tantas situações urgentes que carecem de medidas legislativas, alguém se lembrar de apresentar um projecto de lei que proíbe a colocação de «piercings» na língua e no pavimento da cavidade oral. Isto tudo pela questão de saúde pública.
Agora, não sei quem iria fiscalizar?

Imaginemos que a lei é aprovada e a ASAE, com ampla experiência em passar multas, é a entidade fiscalizadora.Os inspectores da ASAE saem à rua e simpaticamente abordam as pessoas e perguntam:
- Posso ver a sua língua?
- Pode ssssim. Responde o transeunte desprevenido, enquanto fala com uma exagerada acentuação de ssss por causa do piercing recém colocado.
É um transgressor. Ousa passear com um piercing bem na ponta da língua, a roçar perigosamente nos dentes e a desgastar-lhes o esmalte. Por isso, é automaticamente autuado e com uma guia terá de se apresentar dentro do prazo estipulado no “ferrador” para retirar tão malicioso instrumento.

De forma a controlar e a quantificar os utilizadores de piercings, todos devem registar-se nas autarquias, de modo, a serem notificados para que lhe seja extraído o dito instrumento.
As coimas para quem não comparecer vão de 500 a 1500 euros. Ainda está contemplado na lei que quem se recuse a cumpri-la, o juiz poderá decretar a sua remoção compulsiva. Mas existe uma salvaguarda, quando for provado que a extracção do apetrecho pode afectar psicologicamente o seu utilizador.

Nesse caso, uma comissão de acompanhamento constituída por uma equipa multidisciplinar incluindo: “ferrador”, psicólogos com a especialidade em piercingterapia e técnicos forenses avaliará caso a caso. Existindo um acompanhamento personalizado do individuo até estar preparado para o doloroso momento da separação. Assim dentro em breve se erradicará esse inimigo público da sociedade, corruptor de jovens e destruidor de famílias.
Até para a semana. Boa Páscoa!

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